quarta-feira, 13 de julho de 2011


ENQUANTO ESPERO

Umas poucas vontades são suficientes para justificarem a caixa de lápis de cor.

E uns outros guardados de tinta e papel.

Num sonho levanto-me para tomar o café da manhã e antes que eu possa olhar suficientemente a paisagem, já anoitece.

Pesadelo dos bens ruins.

Em outro, deixo escorrer entre meus dedos os brilhos capturados de estrelas e por tal façanha sou condenada a ter as pontas dos meus cabelos cortadas e jogadas para dar de comer às formigas e a outros insetos.

Muito ruim também.

Com freqüência giro em torno de mim e de uns poucos objetos até ficar bem tonta e infeliz.

Depois penso em um lugar onde quero chegar e passar muito do meu tempo.

E nesse lugar faço caberem e serem felizes umas outras pessoas.

Melhoro então o pensamento

e aguardo.