ENQUANTO ESPERO
Umas poucas vontades são suficientes para justificarem a caixa de lápis de cor.
E uns outros guardados de tinta e papel.
Num sonho levanto-me para tomar o café da manhã e antes que eu possa olhar suficientemente a paisagem, já anoitece.
Pesadelo dos bens ruins.
Em outro, deixo escorrer entre meus dedos os brilhos capturados de estrelas e por tal façanha sou condenada a ter as pontas dos meus cabelos cortadas e jogadas para dar de comer às formigas e a outros insetos.
Muito ruim também.
Com freqüência giro em torno de mim e de uns poucos objetos até ficar bem tonta e infeliz.
Depois penso em um lugar onde quero chegar e passar muito do meu tempo.
E nesse lugar faço caberem e serem felizes umas outras pessoas.
Melhoro então o pensamento
e aguardo.