terça-feira, 30 de março de 2010


PENSAMENTOS PRA IR PARA AS MONTANHAS

Disse a um amigo que aconselhar deus complicaria muito a minha vida. Brinquei que posso tentar com formiga, cachorro, gato também muito.

Tenho cá comigo que a tecnologia me ajuda em muita coisa. Não pra aconselhar ninguém, mas pra ficar mais perto, até pra receber flores do Japão.

Nos meus intervalos, vou pras montanhas. E sigo tecendo um caminho pra poder inverter intervalo.

Lá é um perto que é longe e que me acolhe depois de correr a semana inteira. Vejo lá de cima o mundo que cabe nos meus olhos. É tanto, que de imaginar vejo o outro lado que não se mostra. Mas é daquele jeito, com menos sonhos e mais agoras.

Por isso estou perdoada de querer um pouco de cada coisa. Não é por ganância, mas vontade de viver o tanto que me é possível, sem atrapalhar ninguém.

Então, dar conselhos é muito pra mim, vez ou outra posso até sugerir um pouco. É que tem coisa que é tão boa que tem que ser boa pra mais gente. Então divido na medida do meu humilde alcance.

De sorte e empenho tenho um nome pra bordar com cores variadas no passar dos meus dias.

E os meus amigos.

terça-feira, 9 de março de 2010


CANÇÃO DE FINGIR


Um diluidor de saudades escapou do último escrito.

Porque os sonhos mudaram suas dimensões, perderam em cheiro, em cor, tato.

Assim: nem mais tiram o fôlego, nem mais espicham o tempo.

Não encantam os caminhos por onde nasceriam as mais lindas e improváveis flores.

Inebriados, esquivaram-se por becos, cantos, pobres andarilhos das memórias.

Vem comigo, finge que lá adiante nos encontraremos com o mesmo frescor,

na mesma exuberância e beleza,

no mesmo sonho.