sexta-feira, 17 de abril de 2009


ANIVERSÁRIO

 

O amor estampado em rosas multicoloridas eu recebi. 

Amor maduro em tenros botões.

O desabrochar dessas pequenas exuberâncias inundou minha casa de alegrias renovadas.

Um tanto de outras preciosidades também colorem meus dias, reforçam os motivos pra comemorar.

Observo uns ventos menos favoráveis que se afastam e da distância vejo uma tristeza que acena.

Sou eu e de lá me observo a desejar este lugar.

Uma espécie de pacto me rege agora.

Por isso,

festa.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A FALA E O FALO


No fundo tudo se resume na maneira de se combinar as ínfimas 26 letrinhas do alfabeto, comentou oportunamente o psicanalista, o que causou ótimos efeitos no meu alívio já disposto.

É que os discursos dependem da empáfia pra serem o que são e pra causar os efeitos que causam. Há que se considerar os deleites que nos proporcionam as palavras. Mas também a inutilidade que carregam potencialmente. E muito o poder de destruição.

Estão pessoas a trocar os supostos saberes enfeitando-os de grandeza, a levantar polêmicas, a criticar. Alguns compulsivamente, tanto, que perderam o humor e alguma simplicidade.

Sim, os ditos precisam ser ditos, especialmente se bem falados pra provocar boa escuta. O que sobra e muito, são alguns enfeites muito intelectuais, porque os genuinamente poéticos são bem vindos e melhoradores da vida.

Assim como as imagens que absorvemos com a alma através dos olhos. Ou das sutilezas que só o coração escuta através dos ouvidos. E o tato e as sensações. Penso que todos derivados do amor.

Se tivessem as pessoas humor e boa vontade. Se tivessem menos vaidades e discursos.

Se as palavras não fossem perniciosas e arrogantes.

Ando cansada de certas falas empinadas como falos devoradores.

(que os falos libertados das implicações morais e sociais são adoráveis fontes de prazer)