quarta-feira, 26 de março de 2008


O BASTANTE

Gravei dez versões de “The man I love”.
Tenho uma versão verdadeira de um amor real.
Ia usar a palavra “apenas”, mas achei inadequada e injusta.
É o que é, bastante.
Uma versão de um amor real é suficiente, mais ainda é preciosa, até mais, prêmio.
Amor é conquista de anos e desapegos.
Amor é pra poucos, nem sei se pra mim.
Agora penso que é e exercito prazeres.
Prazeres são o que são, não outros.
Se eu for menos que agora, pode ser que me desvie.
Pode ser até que eu grave mais dez versões, todas lindas e todas me farão chorar.
Pois que pra chorar uma versão basta.
Pra amar basta mais ainda.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ei Lelena!
Tenho comentado não tão amiúde, mas tô sempre acompanhando. Tanto as palavras quanto as ilustrações nos convidam sempre a uma nova visita!
Beijo,
Pricila.