quarta-feira, 10 de outubro de 2007


OUTRA CONVERSA


Você, de novo.
Quero invadir seu vestido.
Não pode.
Não sei parar.
Chegará a lugar nenhum de mim, minhas frestas não te cabem.
Trouxe lírios para que você enlouqueça.
Não, não mais, tenho só a lembrança de um perfume, e me basta.
Quero o seu medo.
Não, não mais. De ser quase nada me coube um início sem fim. Agora, fico sempre começando. Medo, nenhum.
Discordo para sempre.
Não quero te convencer e nem preciso. Desisti das tragédias, estou mais simples no meu belo vestido que retiro (ou é retirado) só no quando do meu consentimento e do meu desejo. E na terceira superfície que o contato ínfimo e absoluto entre os corpos provoca, não há fresta nenhuma que se preste a ser invadida por teias de palavras, lembrança de escuros, temores e abismos. Agora só presto pro amor.

4 comentários:

Anônimo disse...

minha amiga !
que delicia ler suas palavras e lembrar de você, seu jeito, seu rosto.
reconforto.
reencontro, quando ???
em breve espero...
aqui, ja esta frio, outono
mas quero voltar logo no Brasil, tem uns projetos para 2008. esto torcendo !!
um duo de dança com você ?
isabelle*

Unknown disse...

"agora só presto pro amor" é definitivo!!! Hhh... adorei!

Unknown disse...

Eu tbém só tô prestando pru amor...que lindo!!!!!!!!!!!
me orgulho de te ouvir escrevendo!!!

Anônimo disse...

Ai, Maria Helena !!! Tô me sentindo nua no meio da rua... até agora este é o meu preferido !!! Tantos lindos, mas tem uns que desnudam a gente !!!
Ah, adorei ver o comentário de Isabelle... To ficando a cada momento mais e mais nostalgica.
Beijos, Cau