
CANTIGA DO DESMITO
Ao cumprir o esperado
da espera do amado,
teço minhas tramas,
enfeito meu bordado.
Mas não penses que o faço
na conformidade de uma sina.
Do meu canto de espera
não ouvirás triste lamento.
À dor da saudade,
cantarei até obscenidades
e direi ao vento
que mantenho uma porta aberta
pra eventuais visitas.
E se demorares demasiado,
meu amado,
me enfeito com meu tecido
(dever cumprido).
E serve o teu jantar
que eu não vou voltar.
3 comentários:
Que lindo, Maria Helena !!!
Adooorei o poema e amei
a ilustração !!!
Adoooro suas cores !!!
Beijooocas da CAU
:)
Bonito, bonito, bonito!
"Caramba!! Mataste-me, Rodrigo Tortilla!" Quanta formosura!
Postar um comentário