UM SONHO
Me vesti de árvore, desenhei um nome no chão com as folhas secas e deixei que o vento soprasse.
Como segunda providência convidei uma mulher e um homem apaixonados pra que se amassem na minha casa e impregnassem todos os cômodos.
Como de árvore eram só as minhas vestes, saí a caminhar desenraizada.
Com o vento algumas folhas do nome que escrevi me alcançaram, agarraram-se em meus cabelos e segui a percorrer o inverno.
Entorpecida,
obnubilada
e livre.
Me vesti de árvore, desenhei um nome no chão com as folhas secas e deixei que o vento soprasse.
Como segunda providência convidei uma mulher e um homem apaixonados pra que se amassem na minha casa e impregnassem todos os cômodos.
Como de árvore eram só as minhas vestes, saí a caminhar desenraizada.
Com o vento algumas folhas do nome que escrevi me alcançaram, agarraram-se em meus cabelos e segui a percorrer o inverno.
Entorpecida,
obnubilada
e livre.
3 comentários:
Tem vezes, Lelena, que chegam umas vontades de me virar em outra coisa, mas nunca pensei em árvore. Urubu já pensei. Castañeda pensava em corvo, Poe também. Já o Kafka entrou numa de se ver como barata. De todo modo uma árvore serve p'ra esses outros todos.
Saudades
Walmir
As folhas flutuam, furtuam, furtam, o quê?...ventos,livres.
que lindo!
eu árvore planta plantada, sonhei ser folha seca... "ando sendo".
Beijo.
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