domingo, 2 de novembro de 2008



GUARDADOS

 

Na caixinha de esquecimentos botões já tiveram roupa.

A renda teve um certo vestido.

Cada pequeno objeto em sua estampa de inércia se finge interrompido.

A flor seca ainda é habitada da lembrança de umidade.

De cheiro de terra, saudade.

O bilhete amassado, de uma que fui de mim,

é ainda impregnado.

9 comentários:

grandibarrros disse...

Prezada Lelena Lucas,
Sua prosa está com sabor de uma coquetel de capim limão que tomei ontem no jardim canadá
abs Eduardo

cidadao disse...

Ei Lelena,
muito lindo!
Fico pensando que a "caixinha de esquecimentos" é importante pra visitar de vez em quando, lembrar onde tudo esteve um dia e poder fazer novos arranjos como que está ali guardado, emprestando aos nossos guardados saudades novas.
Beijo,
Pricila.

grandibarrros disse...

Prezada Maria Helena Lucas,
Me permita pela delicadeza do se "post" fazer esta sugestão musical
abs Eduardo
http://br.youtube.com/watch?v=ewrtMQ6DddQ

Lelena Lucas disse...

Eduardo,
Sou fã do Diego el Cigala, tenho vários cds dele e o maravilhoso DVD do trabalho que ele fez com o cubano Bebo Valdés. Obrigada pelas suas visitas sempre muito gentis.
Um abraço.

Pricila,
Alguns guardados mais preciosos têm sabor de saudade, outros nem tanto não é mesmo? O esquecimento é sempre relativo.
Beijo

grandibarrros disse...

Obrigado Lelena,
Quem agracede sou eu por poder participar deste espaço onde artes plásticas,a palavra escrita e coreografia se complementam de modo sublime
Aproveitando o ambiente eleitoral nos Eua gostaria com de postar este clipe do John Coltrane
Abraços também
Ps : O DVd que vc se referiu é ótimo

http://br.youtube.com/watch?v=8j_TDoOPnIA

ana dundes disse...

tenho gaveta com esses guardados, tua prosa é poesia!

Beijo.

grandibarrros disse...

Prezada Maria Helena,
Mais este aforismo do Murilo Mendes; "Só o futuro é moderníssimo"

E este clipe do Pat Metheny pra vc

http://www.youtube.com/watch?v=wrs5iHBaj3g
Sds Eduardo

Walmir disse...

poesia com boa reflexao bem que refresca a gente, Lelena.
saudades

Marcus Tafuri disse...

bom te ler/ver por aqui, Lelena. Me faz lembrar bons tempos. Teu texto, claro, é precioso como você. Um abração, Tafuri