A MULHER LOUCA
A mulher louca pensou que não era mais.
Gastou uma pose nova e um discurso em vão.
Fez convocação de anjos e aguardou.
Ao achar que não era mais, deparou-se consigo e com sua miséria.
Habitava ela, a louca, adormecida no cerne da mulher.
Assustou-se, afastou-se, olhou e se viu da distância.
A distância era boa, lúcida e confortável.
Guardou a louca e aguardou.
Passaram-se os dias
a limpo.
A mulher louca pensou que não era mais.
Gastou uma pose nova e um discurso em vão.
Fez convocação de anjos e aguardou.
Ao achar que não era mais, deparou-se consigo e com sua miséria.
Habitava ela, a louca, adormecida no cerne da mulher.
Assustou-se, afastou-se, olhou e se viu da distância.
A distância era boa, lúcida e confortável.
Guardou a louca e aguardou.
Passaram-se os dias
a limpo.
2 comentários:
Ei Lelena,
Seus escritos sao adoraveis...
E intrigantes...
Adorei o confronto da loucura e da miseria.
Beijo!
Ver de perto (envolvido, atordoado, nebuloso)... ver de longe (lúcido, sem envolvimento, distante e crítico), ir pra lá, ir pra cá, é a vida... importante é ir e vir. Beijo. Adorei!
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