EM BOA HORA
Assim que achou suficiente, levantou-se e foi-se embora.
Em boa hora, será? Difícil medida essa – o suficiente.
Ir embora foi muitas vezes – algumas muito depois do suficiente, algumas bem antes.
Suficiente é pura suposição, pois que boa hora pra ir é ciência de minúcias, que em poucos momentos presenteia poucas pessoas.
Glória e alívio quando é da gente o privilégio, que em grande parte, o que se passa é susto e desapontamento.
“Embora” insiste em ser, incontáveis vezes, não em boa hora.
E aí é desencontro, despedida, e mesmo abandono.
Assim que achou suficiente, levantou-se e foi-se embora.
Em boa hora, será? Difícil medida essa – o suficiente.
Ir embora foi muitas vezes – algumas muito depois do suficiente, algumas bem antes.
Suficiente é pura suposição, pois que boa hora pra ir é ciência de minúcias, que em poucos momentos presenteia poucas pessoas.
Glória e alívio quando é da gente o privilégio, que em grande parte, o que se passa é susto e desapontamento.
“Embora” insiste em ser, incontáveis vezes, não em boa hora.
E aí é desencontro, despedida, e mesmo abandono.
3 comentários:
Olá Lelena!
"ciência de minúcias" me lembrou Manoel de Barros. Esse negócio de achar a boa hora é meio complexo. Talvez a hora que se crê já ser o suficiente!?
Beijo,
Pricila.
O limite pode ser ilimitado (coitado? ou sábio?...vá saber!), é diferente em cada um, é de cada um... sem julgamentos.
o que eu estava procurando, obrigado
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