quarta-feira, 16 de abril de 2008


RESPOSTA A UMA AMIGA

Obrigada, minha flor.

Às vezes fico constrangida com esses tristumes. Tenho problema sério de prolongamento das dores e me sinto estúpida quando penso no mundo. Acaba que fico concentrada demais nas minhas merdas quando há tantas outras merdas infinitamente maiores com as quais eu poderia me distrair.
Desculpe, Poli (ou Ana?), está bem, sei que também há muitas flores nos jardins, lindas criancinhas nascendo e borboletas anunciando as belezuras do mundo.
Pessoas lindas que me amam e que eu amo, essas tenho mesmo coleção, com você encabeçando a longa fila.
Tenho andado muito dada aos desencantamentos, mas sei que dias melhores virão e, pra que sejam melhores de fato, estou fazendo um curso (dificílimo) de separação uns dos outros, cada dia um dia. Mas ando péssima aluna. Nas últimas provas tirei vários zeros e só um dez, assim mesmo foi só num pedacinho de um dos dias (confesso que já era noite), o resto, embolei tudo, uma verdadeira meleca. Mas quem sabe, com muito treinamento (credo! Tantos aniversários e ainda estou nesse estágio!)...
De qualquer maneira, valeu! Sempre é bom lembrar da sua importantíssima existência.
Também te amo e torço por você.
Beijão

4 comentários:

Daniel Abrunheiro disse...

obrigado pela visita, Lelena. bom dia.

Rosana Lucas disse...

Doce flormosura,

desencantamentos são utilíssimos para compreendermos que NADA HÁ que valha a pena ter ou ser. Tudo está em CONSTANTE movimento, atingindo, no máximo, relativa estabilidade que, infelizmente, julgamos concreta e permanente para nosso desespero.

O desespero, inclusive, apenas um sentimento, pronto para mudar num piscar de olhos atentos.

Anônimo disse...

Querida Lelena,
um dez é muito importante, mas os zeros também os são, já que estão no início do que continua sempre. E é sempre bom lembrar que há muitas flores nos jardins.
Flores pra você!
Beijo,
Pricila.

Anônimo disse...

Querida Ana(ou Poli?),não foi a toa que a gente incorporou esse personagem,irremediavelmente otimista. Era o que nos fazia cruzar uma estrada debaixo de temporal com a certeza de que um sol radiante nos esperava em Tangará. Essa é uma certeza boa de se guardar a vida inteira...e pode ser muito reconfortante nos momentos mais sombrios.
Um beijo,
Beth